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Showing posts from 2012

O poder da validação

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Todo mundo é inseguro, sem exceção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran treme nas bases nos primeiros minutos de cada apresentação, mesmo que a peça que já tenha sido encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da primeira reação do público, é que o ator se relaxa e parte tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada novo artigo que escrevo, e corro desesperado para ver os primeiros e-mails que chegam. Insegurança é o problema humano número 1. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança? Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não dep

Cecília Meireles

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Horas rubras

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Horas rubras Horas profundas, lentas e caladas  Feitas de beijos rubros e ardentes,  De noites de volúpia, noites quentes  Onde há risos de virgens desmaiadas...  Oiço olaias em flor às gargalhadas...  Tombam astros em fogo, astros dementes,  E do luar os beijos languescentes  São pedaços de prata p'las estradas...  Os meus lábios são brancos como lagos...  Os meus braços são leves como afagos,  Vestiu-os o luar de sedas puras...  Sou chama e neve e branca e mist'riosa...  E sou, talvez, na noite voluptuosa,  Ó meu Poeta, o beijo que procuras!  Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade"

O moço que não tinha nome

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Caravaggio - Rapaz levando um cesto de frutas   O moço que não tinha nome Era um moço que não tinha nome. Nem nunca tinha tido. Um moço que, não tendo nome, também não tinha rosto. -Psiu! - chamavam-no as pessoas. E ele, acostumado desde pequeno, atendia. Porém, quando se aproximava, quem o tinha chamado via em lugar do rosto dele seu próprio rosto refletido, como num espelho. E enchia-se de espanto. Assim, sem olhos ou sorriso que fossem seus, ninguém conseguia escolher um nome que ele se ajustasse, tornando-o único, impossível de ser confundido com qualquer outro. Era muita ausência para ele carregar. E cedo decidiu que, tão logo estivesse crescido, dono enfim da sua vida, partiria à procura do rosto que lhe pertencia e que, certamente, havia de estar perdido em alguma parte do mundo. Chegada a idade, juntou suas coisas, saiu da aldeia e começou a andar. Andou e andou. Nos castelos que lhe davam hospedagem, examinava ansioso os quadros e as tapeçarias, aprox

I will always love you

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How to forget this movie, thins scene? Stay with God, Whitney Houston!

The greatest love of all

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Eis uma canção que me envolve, primeiramente, pela música, em seguida, pela voz, em terceiro, pela letra... "the greatest love off all is happening to me..."

Não estás deprimido, estás distraído…

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Poesia de Fagundo Cabral  Não estás deprimido, estás distraído… distraído da vida que te povoa. Tens coração, cérebro, alma e espírito… então como podes te sentir pobre e azarado? Distraído da vida que te rodeia: golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios. Não caia no erro de teu irmão, que sofre por um ser humano quando o mundo tem 5,6 bilhões. Além disso, não é tão ruim viver só. Eu vivo bem, decidindo a cada instante o que quero fazer. E graças à solidão me conheço – algo fundamental para viver. Não caias no erro de teu pai, que se sente velho porque tem 70 anos, esquecendo que Moisés conduziu o êxodo aos 80 e Rubinstein interpretava Chopin como ninguém aos 90. E isso só para citar dois casos conhecidos. Não estás deprimido, estás distraído… Por isso acreditas que perdeste alguma coisa, o que é impossível, porque tudo te foi cedido. Tu não fizestes um único fio de cabelo em sua cabeça e, portanto, não podes ser dono de nada. Além disso, a vida não te tira coisas, mas s

Que presentes te darei?

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Affonso Romano de Sant'Anna Que presente te darei, eu que tanto quero e pouco dou, porque mesquinho,   egoísta, distraído não te cumulo daquilo que deveria cumular ? Deveria desatar  inúmeros presentes ao  pé da  árvore, entreabrindo  jóias,  tecidos,  requintados e pessoais objetos, ou deveria dar-te o que não posso  buscar lá fora, mas o que  em mim está  fechado e mal  sei desembrulhar ? Gostaria de dar-te coisas  naturais, feitas com a mão, como fazem os camponeses,  os artesãos, como faz a mulher  que ama e prepara o  Natal  com seus  dedos e receitas, adornos e  atenção. Te dar, talvez, um pedaço de praia primitiva, como aquelas do  Nordeste,  ou de antigamente - Búzios e Cabo Frio; um pedaço de mar das Ilhas do Caribe, onde a água e o amor são transparentes e onde a areia é fina e brilhante e,  sozinhos,  habitam a  eternidade,  os amantes. Te dar aquele verso de canção um dia ouvida não sei mais aonde, se numa tarde de chuva, se entre os

Podemos ter

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Conselho

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Ora, mesmo no amor

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Há muitas coisas

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Quando somos felizes

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Há uma fatalidade

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Há sempre qualquer coisa

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Sinto que entreguei

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O sentimento

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O palhaço

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